segunda-feira, 11 de junho de 2018

História de vida

“Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir. Tenho muito pra contar. Dizer que aprendi”: (Tim Maia)




Como diz uma música do grande Tim Maia “Ah! Se o mundo inteiro me pudesse ouvir. Tenho muito pra contar. Dizer que aprendi”:

Muito desse aprendizado tem muito a ver com um trecho da fala de Rocky Balboa ao seu filho no filme “Rocky 4”:

"O mundo não é um mar de rosas. É um lugar ruim e asqueroso. E não importa quão durão você é; ele te deixará de joelhos e te manterá assim se permitir. Você, eu, ninguém vai bater tão forte como a vida, mas não se trata de bater forte. Se trata de quanto você aguenta apanhar e seguir em frente, o quanto você é capaz de aguentar e continuar tentando. É assim que se consegue vencer."

Vejo meus bebês (sobrinhos), e torço por dias melhores para a sociedade. Não posso ser egoísta e desejar o bem apenas para eles. Não peço que vivam em uma bolha, protegidos e mimados. Não. Muita coisa de ruim que acontece é necessário para o aprendizado. Eles, de vez em quando, precisam cair e levantar sozinhos.





Torço por uma sociedade melhor. Senti na pele muitas das mazelas que a sociedade pode causar. Não a sociedade em si, mas o que nós construímos dela. O mundo é sim um lugar ruim e asqueroso. Um lugar onde reina as desigualdades sociais.

Falando em desigualdade, ela é o que mais odeio na sociedade. É por ela que o mundo é tão asqueroso. Me intriga saber que meus sobrinhos sofram por aparências, ou qualquer outra coisa.

Em certo discurso do nosso governador (pelo qual tenho uma grande decepção, mas é ótimo na demagogia) ele disse que o que mais dói não é a pobreza, o que mais dói é a desigualdade... É uma pequena parcela de pessoas ganharem exageradamente bem e a maioria viver na grande miséria.

O governador Simão Jatene tem toda razão. É a desigualdade nosso grande problema. É o que mais dói. Lembro que passei quase toda minha vida estudando em uma escola de classe média alta. Porém nunca fui do meio. Com nove filhos nas costas, meus pais passaram por muitos apertos e nós também.

Ir para escola com vergonha de não ter o dinheiro do lanche, sem os livros didáticos exigidos, ou mochila nova no começo de ano sempre foi um problema. A gente se fecha com as diferenças. Ela dói. Ir para aula era uma angústia. Isso desde da primeira série até o segundo ano do ensino médio.

O Rêgo Barros tinha um ótimo ensino. Mas eu não tinha muitos incentivos para isso. Odiava estudar. Tinha pavor daquele mundo de classe média alta.


Foto/Site da Fab


Passei muitas vergonhas. Desde o Sapato furado, até o uniforme desgastado. Lembro que sempre dava uma desculpa no dia que as coleguinhas marcavam para levarem suas Barbies (Eu não tinha).

O que falar no final do ano quando todos pegavam suas blusas para assinarem e eu dava meu caderno, pois não sabia se meus pais teriam condições de compra uma nova (E por muitos anos não tinham). Lembro de quando a professora me tirou da sala por falta de livro, ainda teve a votação da segunda aluna mais pobre da sala na quarta série. Sorte da que ganhou em primeiro lugar que não soube da votação. Fui muito ridicularizada pelo meu cabelo, corpo e timidez.

Odiava meu jeito, tinha vergonha do meu corpo, das minhas condições e até da minha religião. Criada em um lar evangélico tive que lidar com muita coisa.Paguei na pele por erros de muitos. Eu que sempre fui discriminada em certos pontos, como teria forças em discriminar alguém por qualquer que seja o motivo? Na vida conheci tantas pessoas diferentes. Religiões, culturas, opção sexual e até hoje tenho amigos da diversidade. Todos com espaço especial no me coração.

Não escolhemos de onde viemos, mas no caminho aprendemos o que é certo e errado; o sentido da vida; o que realmente importa, que vai mais muito além de religião. Vejo brigas por todos os lados. Conheço de perto esses lados. Eu amo pessoas desses lados. Na diversidade de pessoas que encontrei por ai aprendi a escutar todos os lados. Sempre fui tímida e calada. Ouvir e observar sempre foi um mérito meu.

Vi cristãos apedrejando, como aqueles religiosos que foram recriminados por Jesus de Nazaré, mas também levei muito preconceito por colegas e até professores que me discriminaram por isso. Na infância e adolescência somos muito do que nos é ensinado e isso não é uma escolha por muito tempo. Fico feliz de sempre tratar as pessoas como gostaria de ser tratada: com respeito.

A maior parte da minha infância e adolescência foi nesse inferno emocional. Sei que muita coisa não depende de nós. Nossas origens, nosso meio diz muito sobre quem somos e como contribuímos na construção social.

Talvez inconscientemente, sem ter visto o filme Rocky 4 segui o conselho do protagonista: lutei cara a cara com a vida. Ela me esbofeteou muito. Riu de mim. Me colocou no chão. Eu decidi o oposto do que eu era.


Comecei namorar, ainda na adolescência com um cara mega comunicativo (hoje meu esposo), o palhaço da família, da escola e de outros meios. Meu oposto. Era comum os comentários negativos. Mas já esperava por isso: a Michele não é para o Saulo.

Mas ele sempre me assumiu e nos completamos com nossos jeitos diferentes...Um amor que começou na adolescência. Um amor sem exposição, sem muitas fotos ou declarações públicas.


Já que insegurança sempre foi meu “forte” decidi por isso, eu imaginava: já pensou eu me declarar em redes sociais e depois ele me lagar por outra?

Sim. A insegurança atrapalhou muito nossa relação de idas e vindas. Mas o Saulo sempre foi muito seguro. Sabia o que queria e sempre falava em casamento.

Sempre me elogiava para os amigos. Sempre teve orgulho de mim. Sempre apoiou meus sonhos. Me dizia e ainda diz que sou linda, mesmo me achando horrível.

Na verdade não apenas ele, mas minha mãe e minha segunda mãe ( Minha irmã mais velha) sempre fizeram questão de me elogiar. Me chamavam de princesa e diziam sempre que estava linda. Sem eles saberem me ajudavam muito em minhas crises de patinho feio.

Eu, logo eu, a sonsa (sinônimos que tive que engolir), a das piores ( humm as caladas são das piores, como diz certo ditado), besta, e nomes afins que eu nem lembro escolhi Jornalismo. Comunicação? Oi? Como? Porque? Onde?

Quando me inscrevi no ProUni escolhi um curso com uma nota baixa (Nada a ver comigo, só queria passar) . Depois perguntei se poderia mudar de curso e dentre várias opções estava lá o Jornalismo.


Turminha

Fiz Jornalismo mesmo com toda timidez e insegurança. Um tiro no escuro. Costumo dizer que o Jornalismo que me escolheu. Quem me conhece há muito tempo não acredita que escolhi comunicação. Não tem como acreditar. Nem eu acredito.

                                         


Não! O mundo não é o mar de Rosas e nos deixará de joelhos se nós permitirmos.

Decidi parar com esse medo idiota. Com essa vergonha idiota. Parar de me achar feia por causa dos outros, ou vergonha de onde venho ou quem sou. O pavor de ficar perto de gente bonita, bem vestida e rica. rsrsrs


ASCOM Defensoria Pública

Mudei e sei que foi pra melhor. Entrei na faculdade com vontade de aprender e ser melhor. Sempre quis ser a melhor profissional, a melhor aluna. Falhei várias vezes, mas sempre tentando ser melhor. Me doar ao máximo e aprender o que precisaria aprender. E como aprendi.

Não fui e nem sou a mais comunicativa, pois têm gente que diferente da minha história teve toda uma vida de comunicação. Só eu sei como melhorei. Sei da escuridão que sair. 

ASCOM Ministério Público
Escrevo essa parte chorando. Foi lindo. Sair do casulo é maravilhoso. Não apenas em fazer o curso (que por incrível que pareça parece que foi feito pra mim), mas pela mudança que decidi fazer e fiz.

ASCOM Selo Unicef

Que Mestres encontrei. Que amigos, colegas e conhecidos sensacionais! Virei fã de tanta gente. Chefes maravilhosos que me ensinaram muito.Feliz por conhecer até os que nem tive contato. Quantas pessoas maravilhosas, de personalidades fortes. Mulheres empoderadas. Militantes dos Direitos Humanos. Guerreiros da profissão, da vida!

Pessoas competentes que me passaram conhecimentos e boas energias para que eu sempre buscasse ser uma pessoa e profissional melhor.


Turma da Pós-graduação



Acho que teve gente que pensava que era puxa saco de professor (rsrsrs), mas só eu sabia o quanto era maravilhoso tudo, do quanto eu os admirava e ainda os admiro. Era o meu momento de extravasar tudo que estava trancado.

Quantos entrevistados! E de todas as classes. Nossa! Lembro da minha felicidade quando um assessorado me elogiava aos meus chefes. Foi um mundo tão novo. Conversar com um defensor ou promotor, ou trabalhar no gabinete de uma secretaria. Era tudo que nunca imaginei fazer. 

Do começo ao fim do curso fui entusiasmada. Chegava em casa radiante. Feliz. Pelo curso que escolhi. Pelos aprendizados. Pelas histórias lindas da profissão.

Não gente! O Jornalismo não é um mar de Rosas. Mas é a profissão dos meus sonhos. É um mundo de histórias, de personagens/pessoas, de vivências e de muita COMUNICAÇÃO. Hahahaha (Oi?)

Mas...

Em certo dia de estágio, quase no final do curso, lá estava a vida tentando me colocar de joelhos mais uma vez. No ambiente de trabalho, me disseram que não me vestia bem, que não era Boa, que meu cabelo era ruim, que o Jornalismo não combinava comigo e muitas outras coisas.

Meu mundo caiu. Um filme passou na minha cabeça. Nesses momentos só vem na cabeça as lembranças ruins, das humilhações, dos fracassos. Pensei em desistir e acreditar que não era meu mundo. Que o Jornalismo não era pra mim. Que foi idiotice minha.

E a síndrome do patinho feio voltou. Mesmo que as pessoas que falaram isso não serem jornalistas e meus chefes serem uns amores eu dei ouvido pra muita coisa. Só eu sei como mudei. Eu era mega tímida, sempre de cabeça baixa e suando frio no meio de grupos. Mas é claro que mudanças levam tempo. Eu mudo todos os dias. Sempre busco melhorar minha escrita, meu jeito. Sei muito bem o que a timidez me custou.

Lembrei o que aprendi em certa aula de psicologia: de como as pessoas enxergam as coisas. Em um copo pela metade, algumas pessoas vão dizer que está metade cheio e outras vão dizer que está metade vazio. Isso foi um tapa na cara (ainda bem que lembrei).

Passei a vida vendo o copo metade vazio. Sempre o pobre que estava pela metade, na minha visão estava metade vazio. Nunca metade cheio. Sempre com pensamentos negativos. Ai então outro filme passou na minha cabeça:

Das amigas que dividiam o lanche comigo; da professora que me dava livros do professor pra eu passar corretivo e não ficar sem; das brincadeiras de rua, poucos brinquedos com muita diversão. Lembrei de tantas mãos estendidas. Da bolsa do Prouni que consegui graças a uma boa educação. Tantas coisas boas.

Olho para o lado e vejo pessoas catando lixo pra comer. Olho para o outro e vejo crianças tendo direitos violados, mulheres sendo violentadas, espancadas; mendigos sendo acordados com jatos de água em um frio congelante.

Que ingrata eu fui. Se formos olhar para o próximo, nosso mundo faz mais sentido. Tudo muda. Passei por muitos momentos ruins sim, mas era a única coisa que conseguia ver. Cara! E teve tanta coisa boa.

Aprendi a olhar mais para o próximo, seja ele qual for, pois sei o quanto o desprezo dói. O quanto a vida é difícil. Não só pra mim. O mundo não gira ao meu redor. Me afastei de pessoas queridas por insegurança. Deixei de fazer muita coisa por insegurança. Por sempre enxergar o copo metade vazio.

Mas foi também por insegurança que hoje mais do que nunca quero ser melhor em tudo que faço. Talvez não tenha sido a melhor aluna, a melhor estagiária. Mas melhorei muito do que eu era. Nossa! E como mudei. Como melhorei.

O Jornalismo/comunicação me deu muitos presentes. Trabalhar em lugares em que aflorou minha paixão pelos Direitos Humanos, pelo ser humano. Me apaixonei por tantas outras coisas, pela arte, cultura. Passei a olhar tudo diferente, com aquele olhar de quem quer escrever tudo que vê: as belezas, as injustiças, a vida.

Hoje estou entrando em outros ciclos da vida. Recém formada em Jornalismo. Recém casada e....Cheia de projetos de vida e de profissão. Estou realizada? Sim e muito. Mas tem muita jornada pela frente.

Estou orgulhosa de tudo que venci. Realizada pelos quatro anos de curso e pelas conquistas do Jornalismo. Feliz pelos presentes que encontrei no caminho. Pela grande família (quantos sobrinhos meus Deus) que sempre tive e aumentou. Por mais uma grande família que ganhei (do marido). Aumentaram os amigos, pois músico é fogo para ter amigos, ainda mais o melhor baterista (hahaha).

Casei em um sítio, pois sempre fomos apaixonados pela natureza, pelo Pará (Tinha no nosso cardápio comidas paraenses: porco no tucupi, arroz paraense, maniçoba…hummm tinha que ter). Não casamos no gramado, pois choveu. Mas amamos a chuva paraense e depois de passar alguns dias fiquei feliz pela chuvinha de final de tarde que é a nossa cara. Tinha que chover.

Estou lembrando neste texto o quanto a caminhada foi difícil. O quanto tive que lutar com a vida que bate pesado. Mas ouçam o tio Rocky : não depende do quão forte ela bata e sim da força que temos que ter para não permanecermos caídos.

Escrevo essa história para quem ler venha ter a consciência que em meio a correria do dia temos que ter um tempo para olhar para o nosso lado e ver o próximo. A depressão está matando pessoas.

É bom brincar, mas constranger é terrível. Eu tive a sorte de ter pessoas que levantavam minha baixa autoestima. Eu também resolvi sair do casulo e enxergar o meu potencial.

Termino o textão agradecendo a todos os envolvidos neste crescimento emocional e profissional. Foram tantos os envolvidos. Tanta gente boa: família, amigos, professores, chefes, colegas de trabalho. .. Meu muito obrigada.

domingo, 10 de junho de 2018

Princesa Diana e os casamentos da realeza

Em homenagem à Princesa Diana

Mais um casamento da famosa realeza britânica aconteceu. Os holofotes do mundo estão sobre esta família há décadas. É como se ainda restasse um pouco dos contos de fadas nos tempos atuais. Rainha, príncipes e princesas, como um lindo  conto infantil. Que a maioria adora. Eu particularmente amo.😍

Os casamentos então, nem se fala. Um príncipe e uma princesa se casando, ahhh.É um sonho.


É o vestido, a maquiagem, os gestos, tanto a se falar. Mas sabemos que mesmo com todos esses aparatos de contos de fadas, a realidade da família Real nem sempre foi ou é um conto feliz.

Há dois dias assisti um documentário sobre a mãe dos príncipes. Sua história não teve nada de felizes para sempre. Pelo contrário está mais para infelizes para sempre. 

O documentário me deixou em choque. Chorei (Essa é nova). Eu nem sabia sobre esse casamento do seu filho caçula e já pensava em escrever sobre a princesa Feminista.

Mas aproveitando a deixa desse casamento quero deixar minha admiração pela mulher que gerou o príncipe Harry. Que mulher, que história.

Diana era uma diva, de fato. Já li e assisti várias matérias sobre sua vida, afinal, quem não sabia tudo sobre a pessoa que foi mais vigiada pela imprensa da história?

Todos devem pensar ao olhar nas fotos de Diana" Que mulher linda, umas das mais bonitas que existiu". De fato é o que todos diziam. É o que muitos ainda pensam. Diana não saia das capas de revistas. Sua aparência, seu jeito meigo, gentileza, e looks eram demais.

 Uma deusa, uma diva, um espetáculo. Seu corte de cabelo e roupas que vestia era tendência para mulheres. Quem não queria ser como a princesa Diana?

Sua chegada salvou a família Real dos protestos e de toda negatividade daquela época. Todos especulavam o casamento, o seu vestido e o grande casamento Real entre ela e o príncipe Charles. E foi um lindo casamento, como todos almejavam. 

Diana quebrou muitos protocolos. Isso é lindo e maravilhoso. Foi a primeira que tirou a palavra "obedecer" dos votos de casamento.  As atuais esposas dos príncipes seguiram a Lady Di.

A rainha e os demais da família sempre ficavam em certa distância das pessoas. E lá estava a princesa: se ajoelhando na altura de uma criança, olhando em seus olhos, pegando nas mãos das pessoas, fazendo carinho no rosto. Colocando seus filhos na escola(antes as crianças da família Real só estudavam em casa).


Ela foi nos hospitais, em asilos. Sentou do lado das pessoas. Quem fazia isso?  Em pouco tempo, Diana já era considerada a princesa do povo. E era. Ela tinha o social na sua na sua vida.

Ela se importava e mais do que isso, se importava de perto. Conhecia os problemas das pessoas de perto. Ela revolucionou por não ser a sombra do príncipe, Di brilhou.


Uma parte do documentário que chorei. E de fato foi um dos principais marcos de sua vida: foi sua luta pela pessoas que vivem com o vírus HIV/AIDS. Se hoje ainda há um preconceito e falta de informação sobre a doença imagine na época de 90.

E lá estava a princesa Diana no hospital na ala de AIDS, que era isolada. Deram uma luva para ela, se ela quisesse tocar na mão das pessoas. Ela não aceitou as luvas e tocou nas mãos das pessoas. Pause(Estou de novo emocionada). Respira. Respira. Respira.😭😭😭

Sim, minha gente, a princesa revolucionou de uma maneira incrível, espetacular! Era  um grande tabu caindo. E que tabu. Se aquela diva, a princesa, a mais linda, da realeza tocou em uma pessoa que vive com HIV é pq não é contagioso com o toque. Então, todo o mito  torno da doença foi sendo explicado.


Uma discussão e dúvidas foram esclarecidas. Ela estava lá, sempre discursando sobre a doença. Um viva à ela. Por isso, gerações e gerações serão eternamente gratas, até mesmo sem saber desse ato. 

Diana era tão inteligente. Ela usava todos os holofotes para discussões sociais. A Princesa do Povo. Todos aparentemente  amavam Diana. Aparentemente.


A linda princesa tinha admiração e amor de tantos. Devo dizer que do mundo. Mas seu casamento era um fracasso, um pesadelo. É a parte mais triste de sua vida. A que eu tenho um peso em falar. 

Lady Di era apaixonada pelo príncipe, o amava tanto. Mas ele se casou apaixonado por outra. Nunca amou Diana. Casou por ela ser virgem. 

Charles jamais poderia casar com quem já tinha mantido relação, como era no caso de Camila, sua paixão antes de Diana, sua amante e agora sua esposa.

Dói essa história. Um homem não se casar com a mulher que ama em pleno século xx e por vez arruinar a vida de uma outra mulher. Uma via de mão dupla. Mas sem dúvida, Diana foi a maior prejudicada.

Amar e não ser amada por seu próprio marido deve ser uma dor terrível. E viver uma farsa com todos os olhares do mudo para si, não foi nada fácil para doce Princesa de Gales. 

Em um livro publicado em 1992, ela contou sua humanidade. Afinal, era uma princesa, não pagava boleto e tinha o mundo aos seus pés, não há sombra de dúvidas que todos a viam como algo da literatura infantil, o conto de feliz para sempre.

Diana contou suas principais assombrações. Se abriu ao mundo. Quem ia imaginar que a considerada mulher mais linda do mundo tinha uma doença alimentar(Bulimia)?

Quem poderia imaginar que sua doença começou no noivado, quando o noivo disse que ela estava um pouco fofinha ao pegar na sua cintura? Quantas cobranças para apenas uma mulher.

Quem poderia imaginar que a princesa com tudo do bom e do melhor, na família mais visada do mundo tentou se matar cinco vezes? Que estava desesperada ao saber da amante do marido e seu desprezo por ela?

Quem poderia imaginar que a esposa do príncipe, mesmo dando filho homem ao seu marido teve depressão pós-parto? 

Na década de 90, a Lady quebrou o tabu de permanecer calada, em meio ao caos. É um marco uma mulher com tantas cobranças falar que também era humana. Falar de seus problemas de mulher.

 Mais do que nunca outras mulheres amaram mais Diana. Se solidarizaram com ela, por fim se sentiram como ela, ou melhor Diana mostrou que era como qualquer outra mulher.

Quem poderia imaginar um lindo conto de fadas teria um término  triste e trágico para ambos, mas principalmente para Di. Ela realmente sofreu calada por muito tempo. 

Mesmo sendo além do seu tempo, quebrando tabus, sem ficar atrás do marido, na sua sombra e fazer sua própria imagem, a lady sofreu por amor. Tentou salvar seu casamento, quanto a isso nada pôde fazer: nunca foi amada por seu príncipe. 

Podemos perceber ao ler sobre ela que Di foi desabrochando com o tempo, ganhando seu espaço. Ficando forte e destemida. Superou uma separação sofrida. Teve outras paixões. Não podemos dizer se amou novamente como amou o príncipe. Mas ela floresceu ainda mais após o divórcio.

Ela continuou com sua luta social. Atravessou campo minado e voltou quando os fotógrafos disseram que as fotos não ficaram boas. Sua humanidade e amor ao próximo deu força à linda princesa de Gales. Ela fez história.


Ficou na história também da imprensa negra. Daquela que não deixa respirar. Dizem que foi com Diana que começou o lixo de notícias de celebridades e a perseguição desenfreada por ele. Estava com seu namorado no carro quando foi perseguida por paparazzis. Os dois morreram no acidente.


A imprensa matou a princesa: eram o que todos diziam. Foi o que seu irmão disse em seu velório. De fato, não há como negar que a imprensa sufocava Diana. Ela era esperta, usava os holofotes para causas sociais e pra tocar em assuntos nunca tocados, mas mesmo assim teve sua vida interrompida tragicamente. 

Seria o fim do legado da Lady Di? Sem dúvida que não. Ela tem um legado encantador. Olha só para seus filhos. Continuam quebrando Tabus. Seguiram a sensibilidade da mãe. Abraçam, olham no olho, olham problemas sociais de perto. E parecem de fato amar suas esposas.

Pelo jeito a família Real aprendeu a lição. O príncipe William casou com uma plebéia e Harry com uma atriz, divorciada, americana com decência negra. Que que isso, minha gente? Estou sem fôlego. Di estaria cheia de orgulho por seu legado.😍😍😍

E esse casamento de Harry, gente? Que maravilha de casamento. O coral, a noiva, as ex, o ex. Quebras de protocolos que, de fato foram enraizados pela eterna princesa Diana. Pois ela era boa nisso. Em fazer o improvável.

“As pessoas acham que, no fim das contas um homem, é a única resposta. Na realidade, uma ocupação recompensadora é melhor para mim”, disse Diana para muitos que acreditavam que casar-se com um príncipe era o auge de sua vida. (Trecho de uma matéria do site Capricho).

É por isso que adoro a história, principalmente de mulheres como ela. Uma diva. Uma princesa que nos mostra que a vida real é um terror e que mesmo assim somos capazes de mudar o mundo, mesmo que seja o mundo de outros.

Texto: Michele Lobo

sexta-feira, 8 de junho de 2018

Mãe: a mágica em qualquer língua


“Para os ouvidos de uma criança, ‘mãe’ é mágica em qualquer língua.”(Arlene Benedict)



Minha mãe, minha Heroína


E quem disse que história de super-herói não existe?


Realmente, para o nosso entendimento, heróis são personagens apenas do mundo cinematográfico e imaginário, eu acreditava nisso. Tinha os meus super-heróis preferidos; aqueles que salvavam o mundo do perigo e da destruição, algo muito longe da realidade. A ideia de fantasia sobre heróis mudou até eu ter a consciências do maior de todo o heroísmo: ser mãe. Sim, hoje eu acredito que você tem super poderes, os meus preferidos, nenhuma história roteirizada é tão magnifica como a sua.

Descobri que você é minha heroína, pois sempre me vi protegida e amparada. Nem me lembro disso, mas sei que desde que nasci tive uma heroína que me protegeu, como um herói protege uma cidade do perigo, a única diferença é que você é real em minha vida e a sua história é a minha predileta.



És minha heroína por me salva todos os dias de todos os tipos de perigo. Das doenças, cuidando de mim; das quedas, quando ainda criança; da solidão, com sua perfeita companhia; do medo, fazendo eu me sentir segura do seu lado; da baixa auto-estima, quando me exalta. 

 Sou salva quando me diz que sou importante e que e posso fazer tudo, por ser capaz; quando me chama de princesa e diz o quanto sou bonita, mesmo me sentindo feia. Seus elogios em tempos de minha fragilidade são minhas salvações como ser humano. Você é minha heroína, pois é a pessoa que mais me faz bem nesta vida. 

A sua presença, nossas conversas, sua preocupação e proteção me salvam dos meus maiores receios nesta vida tão tenebrosa. Eu sei que atitudes minhas não são suficientes para retribuir tudo que merece e o que dirá palavras.


Você me salva quando me contagia com sua gargalhada todos os dias, seu sorriso é minha salvação; quando me leva na porta quando eu saio e diz, “vai com Deus me filha, eu te amo”, ou quando do nada você diz, “minha filha obrigada por existir”. Sou salva por demonstrar seu amor e carinho por mim e pelos meus oito irmãos. Sim, você é maior do que todos os heróis.

 Admiro sua história de superação, de criar nove filhos e lidar com pessoas completamente diferentes todos os dias. Nunca lhe vi fugindo dos problemas, pelo contrário você é a melhor que encara os piores problemas de nossa família.


Seu heroísmo chega a ser espantoso ao cuidar da nossa grande família. Ponderar nossas desavenças e as finanças; dar atenção para muitos, tornando-a mil em uma. Seu heroísmo é espantoso quando cuida com muito amor da casa; quando se preocupa se já almoçamos, se nossa roupa está limpa, que horas chegamos.

 Entendi sutilmente com suas ações, que mãe é aquela que quando tem cinco pessoas para comer um bolo com quatro fatias é a primeira a dizer que não gosta de chocolate. Eu vejo em você a renúncia do seu próprio bem estar, sim, como heróis que no roteiro morreria para salvar o mundo, você morre pelos seus filhos, pelas pessoas que ama. Seus super poderes é traduzido em apenas uma pequena palavra: amor. Esse amor que o dicionário não pode traduzir e nem palavras explicar.


Ser herói na vida real não é nada fácil, principalmente com todas as limitações que o ser humano possui . É por isso que lhe amo tanto e minha admiração por você é imensurável. você supera tantos obstáculos por nós. Seu heroísmo excede meu entendimento e a cada dia admiro o ser humano que você é.


Não basta se redobrar em mil para cuidar de nove filhos, o que lhe dar muitos problemas e preocupações. Você cuida de todos que precisam da sua ajuda, isso me encanta. Foi você que me ensinou a compaixão que temos que ter pelas pessoas, pois sempre a vi ajudando quem bate na porta de casa por um prato de comida. 

Sempre a vi tirando da despensa que nem sempre foi boa, para dar para alguém que precisava mais. Sempre a vi visitando os doentes e de alguma forma os ajudando; ouvindo os problemas dos outros e se colocando no lugar deles; perdoando quem lhe faz mal, fazendo sua parte na imensidão de tristeza que é o mundo.


Esse seu dom de salvar quem está ao seu redor me inspira ser uma pessoa melhor; me intriga quando não sou o que deveria ser, quero atingir seu grau de heroísmo, poucos são agraciados com este dom. 

Assim como uma criança que imita os movimentos de seu herói, querendo ser igual a ele, eu me inspiro em você e quero ser igual, agir da mesma maneira que você, com sua ternura, amor, brincadeiras, simpatia e o tratamento que você dar para seus semelhantes. 

Percebi o quanto é necessário se importar com o próximo e fazer o que você pode para ajudar quem precisa. Inspira-me esse seu dom de heroísmo, quando salva o mundo de muitos, quando você dar presente sem datas comemorativas, quando você fica angustiada com o sofrimento dos outros. 

Eu vejo amor em você, você é uma pessoa iluminada por Deus e faz toda uma diferença nesse mundo, você é elogiada por muitos, por todos que lhe conhece, o que me dar um orgulho enorme de ser sua filha. Você parece até utopia, mas não é, você é a realidade mais maravilhosa da minha vida.


Infelizmente como nas histórias de heróis em que tem sempre um vilão, na sua em nada se difere. Na vida real o pior inimigo seu e nosso é o monstruoso tempo, aquele não para, não volta, apenas passa. É assustador pelo simples fato de não lhe tornar eterna, ele traz os seus cabelos brancos o que me assusta muito. Você é o tipo de ser humanos que merecia ser eterna. 

De todos os meus medos e são muitos, o meu maior é perder você e meu pai, os meus referenciais, isso é uma angústia sem fim, vê seus cabelos brancos, o cansaço chegando.


Agradeço todos os dias a Deus, por você minha heroína, a cada dia que se finda é uma vitória, por viver mais um dia do seu lado e da nossa enorme e linda família. Na arquibancada da vida estarei sempre lhe aplaudindo e torcendo por sua felicidade, almejo sua presença por muitos e muitos anos, pois é a melhor que pode existir. 

Neste mundo almejo muitas coisas, mas quando venho refletir sobre felicidade eu entendo que apenas a sua presença me basta, e de toda aquela cambada. Amo você não apenas por me salvar todos os dias, mas por nosso amor ser bem antigo, desde quando eu ainda estava sendo formada, o que gerou um apego enorme entre nós duas, cumplicidade, companheirismo, um elo que é eterno.

Obrigada por sorrir mesmo estando triste; por acordar cedo, mesmo querendo acordar tarde; continuar, mesmo querendo desistir; amar, mesmo com motivos para odiar; dar sem nada em troca receber. Obrigado por ser minha heroína e me salvar todos os dias com sua presença.

Amo-te mãe querida, sobretudo por existir. 



http://www2.defensoria.pa.gov.br/portal/noticia.aspx?NOT_ID=621

Tempo, pare por favor!


Adoro fotos. Antes eu adorava ser a modelo e perturbava todo mundo. Hoje eu adoro fotografar, seja paisagens ou pessoas. Registrar momentos é formidável. Quando o tempo passa e revemos uma foto percebemos o quanto mudamos. Recordamos momentos já esquecidos na nossa memória.


O homem sempre almejou voltar no tempo. Nunca conseguiu. Quem nunca, não é? Queremos reviver ou até mesmo mudar algo. Então um brinde ao irreversível tempo. Nós mudamos o tempo todo, não é? Em pouco tempo pintei três vezes meu cabelo. Estou Morena agora. Emagreci e engordei. Envelheci. Fiz tolices e me senti madura em diversas decisões. Chorei e me alegrei.

Mudei. Sempre estou mudando por dentro e por fora. Assim como todos nós. O tempo muda as pessoa, mas ele continua igual. Ele só passa. Prossegue. Isso nunca mudou. As paisagens, as pessoas, o mundo estão em constantes transformações e o danadinho do tempo permanece intacto.

O homem de fato não conseguiu controlar nosso principal rival (aquele que nos traz as rugas e cabelos brancos, que nos deixa mais fracos e incontroláveis).

É por isso que amo a fotografia. De alguma forma ela eterniza um momento. No Jornalismo por exemplo, nos deparamos com fatos históricos ou a prova de uma denúncia, ou até mesmo a realidade na perspectiva do fotógrafo.

Desde de ontem estou vasculhando fotografias. Percebo o quanto as mudanças sãos constante. Muitas boas. Outras não. O certo é que de fato todos aqueles textos sobre a importância do presente(O aqui, agora) são de fato relevantes. Não sabemos o que o tempo nos trará de presente ou desgraça. Mas é fato de que muito do que ele nos traz está relacionado às nossas escolhas.

O tempo é danado, sim, de fato. Mas nós, minha gente. Nós somos seres formidáveis, tanto como ele. A diferença é que somos imprevisíveis. O tempo não anda pra trás e nem para, apenas prossegue. Nós, por vezes corremos, damos ré e em certos momentos estagnamos. Quem dera que assim como o tempo, sem barreiras a gente apenas prosseguisse. Ahhh, quem dera!

Hoje foi dia de recordar através das fotografias. Mas também através da memória. Afinal. Tem época e a maioria das situações não possuímos uma máquina fotográfica. É nossa memória que se encarrega de registrar. Não podemos ser como o tempo. Mas que bom que podemos tantas outras coisas, não é? Como os que criaram a máquina fotográfica ou nós, que mesmo anônimos registramos momentos na nossa incrível memória.

Que o tempo e a gente se encarregue de momentos bons em nosso imprevisível viver. Que a gente possa de fato viver, não apenas sobreviver.

Seja você




Certa vez li algo muito bom sobre ninguém ser unanimidade e o quanto é impossível agradar a todos. Por mais sensatos ou agradáveis que possamos parecer ou até ser: definitivamente não há como agradar a todos. Eu sempre me juguei/cobrei por isso. Sempre tive uma mania de me culpar por não agradar como meu jeito de ser. Sempre me cobrei demais por não ser o que as pessoas quisessem que eu fosse. 

É o jeito de falar; ou o jeito de vestir; ou o jeito de agir; até o jeito de andar ou comer. E não importa se você come ou anda devagar ou rápido sempre tem alguém que não se agrada ou alguém que gosta. 

Em alguns casos, as cobranças que fazemos de nós mesmos acabam piorando nossa maneira de interação, às vezes travamos ou nos tornamos algo que não somos. Temos que ser nós mesmos, mesmo que seja bizarro, como diz a música da Pity. 

Ninguém é unanimidade e hoje percebo que isso é ótimo. Ninguém agrada a todos: isso é ótimo. Isso torna a vida dinâmica, com tantas diferenças. É a dinâmica da vida e temos que primeiramente nos aceitar, depois saber viver na diversidade da sociedade. 

Não posso dizer que estou completamente recuperada de muita coisa que passei, com toda guerra comigo mesmo...Mas tô melhorando. Afinal, não nascemos prontos para nada e parece que nunca estamos prontos, mas vamos aprendendo com os outros e até com nós mesmos. Um brinde à dinâmica da vida, aos erros e acertos que nos tornam únicos.

De qualquer forma vamos agradar e também vamos desagradar muito a gente nesse nosso imprevisível viver, o que não podemos é estagnar por causa disso, se sentir incapaz. Vimemos de parâmetros na maior parte da vida. Comparações são comuns nas famílias, no trabalho, ou em qualquer meios sociais: sempre vamos conviver com isso e temos que lidar com essas pressões aceitando que somos especiais e únicos. 


domingo, 3 de junho de 2018

Vida dos rodoviários e as greves



Eu uso o transporte público diariamente desde que me entendo por gente. E lá se vão muitos anos. Lembro quando ia pra aula e ainda não pagava passagem: tinha motoristas que ainda me dava bombom😂.



Eu vi muito coleguinha reclamando da última greve nas redes sociais: entendo, pois eu também fiquei sem transporte. A questão é até onde vão estes questionamentos e até quando vamos GENERALIZAR por interesses pessoais.


Sim. Generalizar. Em qualquer profissão ou local vamos encontrar excelentes, bons, médios e péssimos funcionários. Os rodoviários não são diferentes. Na minha rotina foram poucos que encontrei na classificação "péssimo", mas claro que cada um tem sua experiência diária. Mas vamos pesar melhor na balança e ser mais honestos. Se for pesar na balança eles sofrem por demais também com passageiros eu já vi cada situação. Enfim. Via de mão dupla de uma cidade mal administrada.

A questão é: essa história de que não quer trabalhar, pois tem gente que quer, é a mais triste que li nesses dias.

A luta por melhorias é legítima. É digna. Eles querem trabalhar DIGNAMENTE. Muitos amam o que fazem. Muitos não trocariam por nenhuma outra profissão. Não são vagabundos. Querem trabalhar dignamente. Querem trabalhar. Escrevo essa parte com sangue nos olhos...hahahaha

São vários direitos violados. Tem motorista de carro pequeno que não consegue ficar uma hora no trânsito e sai soltando cachorros e caprichando nas buzinas.

E Pasmem. Uma das reivindicações é ponto biométrico, pois tem rodoviários trabalhando mais de 10h por dia. Repetindo: mais de 10h no nosso trânsito do inferno. De novo. Mais de 10h. Mais de 10h. Mais de 10h😇.

E pra esclarecer, ou até mesmo lembrar, que se derem condições melhores aos rodoviários todos nós ganhamos. Deveria existir uma lei que diminuísse a jornada pra seis horas. Isso melhoraria pra eles e para nós. É uma das lutas: o horário desgastante para uma profissão perigosa e de alto nível de estresse.

O mais de 10h é pesado, né? Pois é. Essa é apenas umas das reivindicações. Salário mínimo aumentou, inflação idem. E o salário dos rodoviários não. Dizem por aí que passagem aumenta por causa do salários deles, sem paciência pra explicar que não, não é por isso.

Muitas categorias grevam: médicos juízes, entre outras profissões que estão no patamar de cima no capitalismo. E qualquer profissão que tenha a oportunidade de grevar por melhorias vai FAZER. Todos querem o melhor.

Todos nós queremos em nossas profissões salários e condições melhores, não é? Você que fez textão falando horrores contra a categoria, em sua profissão não faria o mesmo?

Temos que praticar um exercício simples todos os dias: se colocar no lugar dos outros. Sempre é sempre.

Você sabia que é lei de quem depende de transporte público que entra em greve não ir trabalhar se o patrão não fornecer transporte? O triste é que quando nos voltamos contra os outros trabalhadores ficamos mais fracos.

Vi na reportagem um dono de supermercado dizendo que quem quer trabalhar dar um jeito. E muitos dão mesmo: vão de bicicletas, pagam mais caro por outro transporte, enfim tudo por não conhecer seus direitos e por medo de perder emprego. É claro que unidos somos mais fortes.

Então, pra encerrar, o meu lema, como sempre é: empatia e luta por direitos melhores para todas classes.